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Lula melhora em pesquisa e está à frente de Tarcísio de Freitas para 2026, diante das ameaças de Donald Trump ao Brasil. Exceções à tarifa d
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Lula melhora em pesquisa e está à frente de Tarcísio de Freitas para 2026, diante das ameaças de Donald Trump ao Brasil. Exceções à tarifa de 50% trazem alívio aos ativos, embora Banco Central aponte cenário de maior incerteza ao manter a Selic em 15% com tom ainda duro. Balanços positivos das empresas de tecnologia e expectativa para o índice de inflação preferido do Fed movimentam os ativos no exterior.

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Lula sobe em pesquisa

Lula Photographer: Dado Galdieri/Bloomberg

A intervenção de Donald Trump na política brasileira colocou os conservadores do país em desvantagem e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está atualmente à frente de seus principais oponentes, segundo a LatAm Pulse, pesquisa mensal realizada pela AtlasIntel para a Bloomberg News. Num cenário com os mesmos candidatos de 2022, Lula teria 47,8% dos votos, contra 44,2% de Bolsonaro. No mês anterior, a diferença era de 44,4% a 46% a favor do ex-presidente. Em um cenário de segundo turno, Lula venceria o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, por 50,4% a 46,6%. Na pesquisa anterior, eles apareciam com 47,6% a 46,9%, respectivamente. A popularidade de Lula também aumentou, em meio às ameaças das tarifas de Trump sobre o Brasil, em razão do tratamento dado a Jair Bolsonaro. A pesquisa mostra que 50,2% dos brasileiros aprovavam Lula no final de julho, ante 49,7% duas semanas antes. Seu índice de desaprovação caiu de 50,3% para 49,7%. A AtlasIntel entrevistou 7.334 pessoas de 25 a 28 de julho, com margem de erro de mais ou menos 1 ponto percentual. 

Impacto das tarifas

A reação desafiadora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao tarifaço de Donald Trump se mostrou compensadora  — pelo menos no curto prazo — com o alívio mostrado pelo mercado financeiro e empresas diante da longa lista de isenções dos impostos. A tarifa americana cheia será de 50%, mas algumas das maiores exportações do Brasil para os EUA, de aeronaves civis a suco de laranja, não sofrerão aumentos além da taxa de 10% imposta anteriormente, suavizando o impacto das tarifas que Trump agora planeja implementar na semana que vem, em vez de sexta-feira. Foi um choque para uma administração brasileira que teve contato limitado com a Casa Branca nas últimas semanas, confiando em vez disso em um grupo de líderes empresariais para defender o Brasil em Washington. Diante da percepção de tarifas menos punitivas do que o temido, o Ibovespa subiu 1% ontem, com a ação da Embraer entre os destaques. O Itaú estima que a tarifa efetiva após as exceções dos EUA ao Brasil será em torno de 30%, abaixo dos 40% estimados, segundo Fernando Gonçalves, superintendente de pesquisa econômica do banco. Ele também prevê que as taxações terão efeito marginalmente deflacionário. 

Copom hawk

O Banco Central decidiu manter a taxa Selic estável em 15%, o maior nível desde 2006, em meio à incerteza no cenário diante da política de tarifas dos Estados Unidos. “O Comitê tem acompanhado, com particular atenção, os anúncios referentes à imposição pelos EUA de tarifas comerciais ao Brasil, reforçando a postura de cautela em cenário de maior incerteza”, diz o comunicado da decisão. O governo de Donald Trump anunciou nesta quarta-feira tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros, com uma longa lista de exceções, que passam a valer na próxima semana. Na avaliação do BC, o ambiente externo está mais “adverso” em razão da política econômica nos EUA, o que afeta o preço dos ativos. O comunicado do BC foi visto como duro por boa parte dos analistas, com a sinalização de que a Selic permanecerá estável por mais tempo e sem descartar a possibilidade de nova alta — cenário visto, entretanto, como mais difícil de se concretizar.

Balanços

O Bradesco registrou lucro recorrente de R$ 6,07 bilhões no segundo trimestre, acima da estimativa de R$ 5,97 bilhões do consenso Bloomberg. O retorno sobre patrimônio subiu para 14,6%, a carteira de crédito expandida avançou 12% e a inadimplência recuou para 4,1%. A projeção de crescimento de 4% a 8% da carteira de crédito no ano foi mantida. A Ambev teve lucro líquido ajustado de R$ 2,83 bilhões, alta de 15% na comparação anual, levemente abaixo da expectativa de R$ 2,9 bilhões. A receita líquida ficou em R$ 20,09 bilhões, com volume orgânico em queda de 4,5%, puxado pela retração nas vendas de cerveja no Brasil. “À medida que entramos no segundo semestre, nossa gestão de receita e disciplina financeira nos deixam bem posicionados para enfrentar os ventos contrários de câmbio e commodities”, disse Ambev no comunicado. A Vale divulga balanço após o fechamento, depois de superar as estimativas de produção de minério de ferro.

Techs e PCE movem externo

As bolsas externas avançam com resultados positivos da Microsoft e Meta, que se beneficiam de investimentos em inteligência artificial. Os mercados ainda devem reagir ao PCE nos EUA, índice de preços preferido do Federal Reserve. O indicador sai às 9:30 e tem estimativa de alta, o que, se confirmado, pode corroborar a cautela do Fed com os juros. Entre as commodities, o minério de ferro cai com dado de atividade abaixo do previsto na China. No Brasil, a agenda destaca a taxa de desemprego, que sai às 9:00 e deve mostrar queda, em linha com a visão do BC de dinamismo do mercado de trabalho. Resultado fiscal primário consolidado em junho aponta déficit de R$ 47,1 bilhões, pior que o esperado. Agenda local ainda destaca leilão do Tesouro e definição da Ptax no câmbio.

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